5 de maio de 2018

Somos um, em diferentes milhões | Por Joelma Martins

É um enorme prazer poder contribuir com este blog tão sério e comprometido com a verdadeira informação e que tem o compromisso de comunicar os fatos de forma transparente e imparcial, no dia em que Maruim completa 164 anos de Emancipação Política, momento este em que nós maruinenses nos sentimos bastante honrados em conhecer um pouco da nossa história e assim nos orgulharmos dessa cidade que fora deveras um marco histórico para Sergipe, Brasil quiça para fora dele.


Para iniciar minha reflexão sobre o tema proposto “Somos um, em diferentes milhões” trago para o caro leitor o seguinte questionamento: Quem sou eu em meio a um milhão de pessoas? O que faço no meio desses uns? Para onde caminho com esses uns? Dentro de um imenso universo serei eu mais um a completar esses milhões, ou estou buscando dentro de mim respostas para as perguntas que nem mesmo formulei e não sei de onde partiram. Sou eu Paulo...João...Lúcia...Maria...etc. Preciso buscar dentro de mim proposta para o meu hoje e o amanhã, pois o ontem já foi, preciso virar a página, resgatar apenas o que possa me identificar como pessoa humana em processo de renovação. Em uma de suas canções Pe. Zezinho faz uma reflexão para todos nós, independentes do que somos, pensamos ou acreditamos, onde segundo ele chegaremos no fim a um denominador comum e apesar de sermos milhões somos um em diferentes funções, que no final tornar-se um em Cristo. E por pensarmos diferentes, orarmos diferentes, falarmos diferentes, não possamos buscarmos o mesmo Deus, chorarmos os mesmos ais, que querermos a mesma luz, termos o mesmo amor e sofrermos as mesmas dores e muitas vezes levarmos a mesma cruz.

Ao me deparar com um dos poemas de Rubem Alves “A pipoca e o fogo” encantou-me o fato de ver a simplicidade do autor em fazer uma comparação tão propícia com todos nós seres humanos que me leva a fazer a seguinte indagação: Serei eu o milho ou a pipoca? Uma impressionante comparação faz Rubem com sermos milho ou pipocas. O milho em si não é nada, um grão seco, duro, não comestível agradável. Mas que precisa passar pelo óleo e pelo fogo e ainda ser sufocado na panela para no final se torne bela vistosa e comestível que ao estar banhada e alta temperatura pensa ele “acho que vou morrer”. É quando segundo o autor acontece a transformação, algo tão diferente que nem mesmo ele sabia poder existir. Assim acontece com cada um de nós que embora vivendo entre milhões, somos únicos, cada um é um milho em especial que quando lançado ao mundo é colocado muitas vezes numa masmorra que nós mesmos criamos, nos achando alto suficientes, egoístas, intragáveis aos olhos dos irmãos, somos então lançados ao fogo das nossas presunções, medos, retirados nossas cascas e sufocados no óleo quente e por incrível que pareça não nos transformamos em pipocas, viramos puirás, aquilo que chamamos de torresmo, que resistente nos trancamos em nós mesmo achando que não precisamos de mudança é o outro quem precisa mudar. O que é mesmo uma pena. Pois estes ficam crús no fundo da panela e são lançados no lixo por alguém. Ao passo que, o milho feliz, aberto à mudanças e aos outros, transforma-se numa bela pipoca, passa pelo fogo mas não perde seu brilho, sua força, mas aprende com as adversidades da vida para que isso nos tornem melhores. Precisamos ser urgentemente pipocas, pensem nisso, não podemos deixar que a vida passe, o isolamento nos afasta do amor e da partilha desse amor com os irmãos.

O sábio servo de Deus Pe. Zezinho em sua canção “Iguais” nos revela que um dia seremos um só povo, ouviremos a mesma voz, falaremos a mesma língua e buscaremos o mesmo Pai. Afinal viemos de um mesmo Deus, estamos no mesmo lugar e partiremos um dia para algum lugar. Até a próxima!





| Joelma Martins. Serva de Deus, mulher, mãe, filha, esposa, bibliotecária, cordelista  e amiga.| 

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