5 de maio de 2015

Ser maruinense

Para algumas pessoas ser maruinense está ligado à natureza, pois foi na Mombaça no encontro dos rios Ganhamoroba e Sergipe que nasceu Maruim. Para outros, esta identidade está nas terras férteis ou nas águas do Ganhamoroba por onde o Imperador D. Pedro II passou há 155 anos, de onde muitos ribeirinhos tiram o seu sustento. 


Vista panorâmica de Maruim (Foto: Keizer Santos)

Ser maruinense também pode está ligado ao espírito empreendedor de nossa gente, o pioneirismo em casas comerciais no Estado quase nos elevou à capital de Sergipe. Está nos monumentos que guardam nossa história, nas igrejas que abrigam nossa religiosidade como nas capelas: São Vicente, São José, Nossa Senhora da Boa Hora ou na capelinha erguida em homenagem à Cruz de Bela garota considerada santa para nós. 

Na beleza ímpar da Igreja Matriz de Senhor do Passos, Patrimônio Nacional da Humanidade ou nos templos evangélicos de batistas ou assembleianos. Nos terreiros das mães de santo, rezadoras ou no Centro Espírita Maria Amélia Alves. 

Nos prédios, ruas, casarões, ou no que restou deles. Na reserva verde no coração da cidade no Parque Otto Schramm ou no renascimento da história, com o replantio do tradicional Tamarineiro, na Praça da Bandeira. Nos manguezais nativos que margeiam o caminho das águas reais, fazendo contraste com o sol que repousa. 

Nossa terra tem sabores e cheiros, do Mercado Municipal a barracas no pátio da feira como a da famosa Maria das frutas ou na lanchonete do Heribaldo que oferece um delicioso pão com queijo e cafés quentinhos. Nas diversas formas deliciosas de moqueca, seja ela de bagres, milongos, ostras, sururu, camarão entre outras iguarias que fazem parte de nosso cardápio. 

Nas ervas curandeiras para banhos ou chás, velas, defumadores, cestos ou vassouras de palha na barraca do Zé do Ralo, ou na casa de shows do famoso Albertino à beira do Ganhamoroba.  

Ser maruinense é ser guardião da história e da memória do povo sergipano, o Gabinete de Leitura guarda acervos históricos vivos da cidade e também de Sergipe. 

Para quem ama essa terra, sabe que a nossa hospitalidade é forte, assim como nossa vontade de progredir, de estar sempre à frente lutando por uma sociedade que vem se transformando a cada dia. 

A cada 5 de maio, o nosso amor por essa terra é renovado, aprendemos a amar cada vez mais esse povo que é único e já faz parte da história de Sergipe e do Brasil por sua simplicidade e garra. 

Parabéns Maruim por seus 161 anos! 


Por Lohan Muller



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