2 de julho de 2018

Perdem tempo os que não amam | Por Joelma Martins



Somos chamados ao amor desde a nossa concepção, isso deveria acontecer de fato na vida de todo ser humano, pois carregamos dentro de nós mesmos a responsabilidade de sermos diferentes dos outros animais, uma vez que, sendo criado a imagem e semelhança de um Deus Supremo e Absoluto isso seria o suficiente para  nos tornarmos superiores a todos os outros. Se temos a capacidade de amar é porque mesmo que não queiramos o puro amor reside dentro de nós, embora não saibamos, nem o reconhecemos em nós mesmos. Chamados à conversão diariamente, somos convidados a esse amor sem limites que a nós foi dado, gratuitamente.  Esse amor nos torna santos à medida que abrimos os nossos corações às ações concretas que de fato possam testemunhar a presença de Deus em nossas vidas e nos tornar perfeitos. Por que nisso consiste a nossa vida na terra, como nos ensinou e nos ensina Jesus Cristo nosso Mestre e Senhor: “Sedes perfeitos, como vosso Pai do Céu é Perfeito.” (Mt 5,48)

Ao observarmos a vida dos santos, encontramos neles uma característica comum, a total entrega e doação, sem medo, acreditando no infinito amor de Deus pela humanidade criada, e estes movidos pelo Espirito Santo de Deus renunciam a sua vida para doá-la aos pobres e necessitados, como a exemplo de Santo Antônio, santo popular reverenciado por todo o mundo, que deixando sua família e riqueza, doou-se por amor a Palavra de Deus.

Um homem de muita oração e contemplação, amante da Palavra, grande pregador do evangelho de Jesus Cristo, falava com sabedoria e unção que arrastava grandes multidões, renunciou aos bens materiais para viver na pobreza, que fez da sua vida um grande sinal de amor.

A vida dos santos para Igreja Católica são exemplos de obediência e modelo de virtude e dedicação a Deus, eles amaram mais, por isso receberam mais, eles se doaram mais, por isso Deus os encorajaram mais, eles rezaram mais, se mortificaram mais, por isso estão ao lado do Pai, assegurando-nos de que o amor de Deus é realmente sem limite.

Foram homens como nós, apenas morreram para si, para viverem para Deus, esqueceram-se de si para Deus fosse exaltado, foram fortes na fé, para nos provar de tudo vem de Deus e para Ele deve voltar. Somos todos os dias chamados à santidade, na nossa casa, na nossa igreja, no nosso trabalho, na nossa rua, em qualquer que estejamos. Podemos ser diferentes e a santidade consiste nisso: em sermos diferentes no agir, no sentir e no ouvir.

A vida nos oferece apenas uma chance, devemos nos apegar a ela, sem medo, sem receio, se estivermos de fato presos a raiz do arado (Jesus Cristo) Nele estaremos seguros, com Ele caminharemos sob as águas e com Ele também ressuscitaremos. Os pequenos detalhes que nos aborrecem e nos afastam Dele, são apenas detalhes, que depois de encarados e esquecidos tornam-se como poeira levadas ao vento.

O essencial como narra o pequeno príncipe Saint-Exupéry “O essencial é invisível aos olhos” então porque nos preocuparmos com que os outros pensem de nós, falem de nós... pois nem ele nem eu podemos vê o essencial.  Isso nos confirma o Pequeno Príncipe, não podemos ver o essencial, apenas senti-lo, tornando-nos cada vez mais iguais num universo tão diferente.

O agir diferente, não exclui em nós os mesmos sentimos de amor, perdão, companheirismo, mansidão.... mas nos torna capazes de darmos possibilidades distintas à ações idênticas.

O sentir diferente, nos torna capazes de dar resultados diferentes às ações comuns.

O ouvir diferente, nos torna capazes de estar no lugar do outro, sentir e agir observando o outro e o reconhecendo em você nas suas diversas atitudes.
Devemos reservar sempre dentro nós um lugar especial para nós mesmos.

Um abraço, até a próxima!


| Joelma Martins é Licenciada em Letras Português (UNIT) e Bacharel em Biblioteconomia e Documentação (UFS). Pós-Graduada em Didática do Ensino Superior e Gestão Educacional. Escritora, Cordelista, Bibliotecária do Gabinete de Leitura de Maruim e imortal na Acadêmica Maruinense de Letras e Artes, ocupa a cadeira Nº 8, cujo a patrona é Josilda de Mello Dantas. |




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