21 de julho de 2018

Afinal quem é o meu próximo? | Por Joelma Martins

... É aquele que está sempre ao meu lado? Toma café comigo? Trabalha comigo? Está na igreja todos os domingos comigo?... Meu vizinho?... Minha família? Meu amigo! Meu filho(a)... A família de meu esposo(a)...? Hoje aprendi que o meu próximo sou eu mesma. É comigo que tenho que falar quando me falta algo, quando preciso resolver algo... quando tenho que tomar alguma decisão. Aprendi que apesar de tudo a última palavra é a minha. E que por mais que eu ouça alguém e que esse alguém seja muito especial para mim, é minha a cartada final, mesmo que isso possa me causar tristeza ou alegria. Afinal eu também sou o próximo de alguém sim ou não?  Quando escuto alguém em determinada situação, não sou eu quem tenho que tomar uma atitude?



Amar a nós mesmos, não é nos tornarmos egoístas trancados em nossos problemas e nossa vidinha, deve ir muito além pois seremos realmente felizes a partir do instante que conseguimos enxergar o outro como ser humano criado por Deus, sonhado com o mesmo amor com que eu e você fomos sonhados, mas que por qualquer motivo tenha perdido o caminho e esteja caído precisando da sua mão para levantá-lo. É preciso que eu me esforce para ser feliz, assim conseguirei fazer o outro feliz, pois quem não se ama não consegue amar aos outros, o verdadeiro amor se alegra em ver o outro feliz, aniquilando-se em favor do outro, para seu bem e sua felicidade. Quando uma pessoa transmite a paz, torna o ambiente em que vive irradiado de paz.

Jesus Cristo narra muito bem isso na Parábola do Bom Samaritano (Lucas 10, 30-37) onde nos diz que o amor ao próximo é algo bastante prático e simples, demonstrando que devemos amar a todos sem preconceito ou distinção de qualquer tipo de coisa. Os personagens da parábola viram um homem que precisava de acolhida, carinho, mas eles apenas viram. Somente um samaritano que atraído por esse amor “viu” e “agiu”. O  ato do vê não se encerrou apenas nisso, ele precisou chegar perto, tocar, sentir que ali estava alguém, que de fato precisava dele e é nesse ponto onde está o verdadeiro sentido da nossa vida aqui na terra. E a Sagrada Escritura nos ensina isso em várias passagens bíblica a todo momento. Nosso próximo não é aquele que está sempre junto a nós, ou aqueles a quem achamos que merece o nosso amor. Mas é aquele sobretudo a quem está sendo negado seus direitos, sendo perseguidos por causa de seus vícios, ou sendo abandonado em suas escolhas, esquecidos em suas casas e asilos, e são aqueles a quem muitas vezes sentimos medo de chegar perto por causar insegurança ou desconforto.

Aquele que deu a vida para salvação de todos, não fez nenhum tipo de distinção. Portanto em hipótese alguma podemos achar que foi apenas por alguns ou somente a um grupo de pessoas que Ele se sacrificou. Por tanto amigos leitores o amor ao próximo mim ensina a amar a mim mesmo e ao outro e é algo que devemos conquistar dia a dia. Esse amor deverá ir além de nossas igrejas, nossas ações e da nossa responsabilidade de sermos anunciadores da paz. 

Sua felicidade não depende do outro, depende de você mesmo, das suas escolhas e do seu modo de aceitar a vida e os preceitos do bem,  mas para você e o outro serem felizes, ambos precisam de Deus. 

Alguém poderá pensar: “a minha felicidade depende de você”. Engana-se quem assim pensa, pois o verdadeiro amor não é um ponto de chegada. Mas é uma estrada sem fim onde que por pensemos esgotou-se todo amor nos enganamos como Pe. Zezinho em uma de suas belas canções diz: “Amor que é amor nunca morre, mas pode também suceder, que a falta de quem o cultive, ele viva pequeno e a não chegue a crescer.” 

É simples amar como falei no início deste artigo. É só cultivarmos com certeza ele irá crescer. Por tanto irmão o amor que eu tenho a Deus  quando não possa alcançar também ao meu irmão e transformar a mim  e a ele não será um amor verdadeiro. 

Um abraço! 

Até a próxima. 


| Joelma Martins é Licenciada em Letras Português (UNIT) e Bacharel em Biblioteconomia e Documentação (UFS). Pós-Graduada em Didática do Ensino Superior e Gestão Educacional. Escritora, Cordelista, Bibliotecária do Gabinete de Leitura de Maruim e imortal na Acadêmica Maruinense de Letras e Artes, ocupa a cadeira Nº 8, cujo a patrona é Josilda de Mello Dantas. | 

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