13 de setembro de 2018

SES alerta pais para vacinação de meninos e meninas contra HPV

O núcleo de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta para a importância de a população sergipana jovem se proteger contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), que atinge a pele e as mucosas, causando verrugas e lesões em várias partes do corpo, podendo se transformar em câncer de colo de útero, de pênis, de garganta, de boca e ânus. O câncer de colo de útero, por exemplo, é a terceira causa de morte no mundo e uma das maneiras mais eficazes de proteção é a vacina. 


Desde 2014, o Brasil passou a vacinar meninas a partir de 9 até 14 anos contra o HPV e em 2017 os meninos de 11 a 14 anos foram incluídos para tomar a vacina que protege contra os quatro tipos do vírus causadores do câncer. Para que faça o efeito desejado, são necessárias duas doses, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). Porém, em Sergipe a cobertura vacinal está abaixo do esperado, com apenas 9% de cobertura, após um ano de implantação. 

De acordo com a gerente do núcleo de Imunização, Sândala Teles, a cobertura vacinal para meninas está boa para a primeira dose, mas muitas não retornam à unidade de saúde para receber a segunda. É importante ressaltar que apenas uma dose não imuniza. “Então fazemos um chamado aos pais das meninas de 9 a 14 anos para que procurem as unidades de saúde com elas. Aquelas que já têm mais de 14 e tomaram uma dose devem retornar para tomar a segunda”, alerta. 

A gerente explica que em 2017, houve uma cobrança muito grande ao Ministério da Saúde para que os meninos fossem vacinados e a vacina está disponível, também, para eles. Pedimos aos pais que são responsáveis por esses adolescentes que os encaminhem às unidades de saúde para que sejam vacinados, é uma vacina importante que previne cânceres e precisamos imunizar”. Pessoas com HIV e câncer, informa Sândala, também devem procurar uma unidade de saúde para receberem a vacina. 

A vacina é bem tolerada, não existe contraindicação, e só não deve tomar a adolescente que estiver gestante. Caso contrário todas as adolescentes e todos os adolescentes devem procurar a unidade de saúde para que sejam vacinadas e vacinados. “É uma população difícil de ser vacinada porque é sadia e não está no dia a dia da unidade de saúde, então vamos reunir os municípios, traçar estratégias de vacinação diferenciada. A escola é um local excelente para vacinar esse adolescente porque é lá que ele está. Muitos têm medo da furadinha, mas esse medo é o mínimo, o importante é estar imunizado para que, no futuro, esteja livre da doença que é o câncer”, conclui Sândala. 

Transmissão do HPV 

O vírus HPV é altamente contagioso e a sua transmissão se dá através do contato pele com pele, do contato íntimo sem camisinha e basta apenas um contato para ficar contaminado sendo que 98% das transmissões ocorrem através do contato sexual. Mas diferente das outras DST, não é preciso haver troca de fluídos para que a transmissão ocorra. Só o contato já ocasiona a transmissão do vírus.

O tempo de incubação do vírus varia de um mês a dois anos e, durante este período, apesar de não haver sintomas, a pessoa já pode contaminar outras.  Já pode apresentar verrugas invisíveis a olho nu, mas que podem passar para o outro. 

As mulheres infectadas também podem transmitir o vírus HPV para o bebê durante o parto normal. 

Sintomas do HPV

 Os sintomas do HPV são pequenas verrugas na região íntima masculina ou feminina e na região do colo do útero e podem estar ausentes, apesar da presença do vírus. Isto ocorre principalmente nos homens, mas também pode acontecer nas mulheres. 

O diagnóstico do HPV pode ser feito pelo exame clínico-visual e confirmado pelo exame papanicolau ou biópsia das verrugas. 

Fatores de risco 

Sexo sem proteção, vida sexual precoce, múltiplos parceiros, não fazer exames de rotina, imunodepressão, ou seja, a queda do sistema imunológico e presença de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). 

Além disso, os fatores de risco para câncer associado ao HPV são alterações da resposta imunológica em nosso organismo, como: múltiplas gestações, uso de contraceptivos orais de alta dose por tempo prolongado, tabagismo, infecção pelo HIV, tratamento com quimioterapia, radioterapia ou imunossupressores e presença de outras doenças sexualmente transmitidas, como herpes simples e clamídia.


Fonte: SES

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