15 de setembro de 2018

Gentileza, a mais nobre e bela virtude dos fortes | Por Joelma Martins

São de fato os pequenos atos que tornam únicos, o simples Bom dia! Obrigada! Por favor! O estar disposto a servir faz do mais reli mortal um ser com alma e gestos imortais. Você será lembrado e respeitado por aquilo que tenha deixado em alguém, não por aquilo que tenha deixado para alguém, pois são objetos efêmeros que tenho hoje e amanhã não os terei mais. Sejamos propagadores de gentileza por formos ou estejamos.


O Aurélio nos apresenta vários significados para gentileza como: ação nobre, gentil, amável, distinto... qualidades estas que deveriam fazer parte do nosso cotidiano, pois essas são as mínimas ações que deveriam acontecer a todo instante em nossas vidas, estamos cercados a todo momento de pessoas com diferentes comportamentos e estas são responsáveis diretamente pelas nossas ações e reações, que a dependerem do contexto dirão muito da nossa personalidade.

No mundo atual a gentileza é algo bastante esquecido ou fora de uso, pois, o individualismo nos arrasta para dentro de nós mesmos, nos tornando mesquinhos e egoístas, nos isolando de tudo e todos. Ao passo que, nos fechando em nossas casas não podemos o enxergar o outro, nos dando a cometer uma equívoca impressão de que fato podemos viver só, e cada que um assuma suas responsabilidades e seus problemas nos distanciando cada vez mais do próximo, deixando de lado o maior mandamento que Deus nos que se resume em: Amá-lo acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. E ainda resume uma frase que Ele nos diz na última ceia: “que o maior deve-se fazer menor com os menores deste mundo”, são atos humanos de amor e caridade que poderão de fato fazer a diferença.

A gentileza nos torna seres melhores, em constante evolução, nos proporciona um crescimento, tanto espiritual como mental nos fazendo pessoas melhores e isso repercute também no nosso bem estar físico, dando ao nosso corpo uma forte sensação e prazer, do sentir e do agir. Percebendo a grandeza do sentir quando podemos experimentar aquilo que o outro sente, como ele vive e o que espera diante de uma sociedade tão individualista e omissa aos apelos dos pobres e menos favorecidos, onde o que conseguimos enxergar é apenas uma sociedade capitalista onde muitos nada têm e poucos tem de sobra. Vivenciaremos o agir, a partir do momento que deixarmos de lado nosso egoísmo e partimos em busca do outro, reconhece-lo como um ser igual a mim mesmo com qualidades e defeitos, que com o passar dos anos são melhorados quando nos damos a chance de melhorá-los.

Eu não me lembro o que fiz de bom no dia de ontem, isto é lá com o passado, mas com certeza lembro a todo instante o que deixei de fazer ontem que poderia causar no meu irmão uma melhoria para ele ou ela, porém o que torna essa ação edificante é saber que hoje posso fazer o melhor, posso ser melhor para o outro. Haverá sempre uma nova chance para àquele(a) que de coração sincero deseja mudar. Precisamos nos dar essa nova oportunidade.

Ser gentil torna o indivíduo melhor, tanto para si, como para os outros transformando os pequenos atos, em grandes ações de amor, companheirismo e empatia. Fazendo com que reflexos de positivos adquiridos por esta tão importante virtude possam ser vivenciados no ambiente profissional, social e principalmente religioso. Sendo que neste último nos é cobrado tal ação com bastante veemência. Quando o mestre da vida nos convida a viver em harmonia com o outro, a estarmos disponíveis em servir, quando foi para isso, que Ele doou sua vida.

Os grandes atos de gentilezas não são àqueles que enaltece nosso ego, nos distanciando da caridade, mas são os mais simples vivenciados em nosso cotidiano que a uma simples ação de oferecer “um lugar no ônibus”, um “posso ajudar” ou até mesmo um sincero “obrigado” podem fazer muita diferença para alguém. A valorização do outro, faz com que desçamos do nosso egoísmo e aceitemos o outro, o mundo está cheio de pessoas ambiciosas e invejosas e isto nos impede de ver as qualidades e o potencial que todos carregamos, bem como devemos estar alerta para o nosso orgulho que muito nos distancia da gentileza.



| Joelma Martins é Licenciada em Letras Português (UNIT) e Bacharel em Biblioteconomia e Documentação (UFS). Pós-Graduada em Didática do Ensino Superior e Gestão Educacional. Escritora, Cordelista, Bibliotecária do Gabinete de Leitura de Maruim e imortal na Acadêmica Maruinense de Letras e Artes, ocupa a cadeira Nº 8, cujo a patrona é Josilda de Mello Dantas. |

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