A presidente da Academia Maruinense de Letras e Artes, (AMLA), Maria Lúcia Marques Cruz e Silva, emitiu uma nota sobre o incêndio que atingiu o Museu Nacional na noite do último domingo (2), localizado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, (RJ).
O Museu Nacional foi fundado por D. João VI, em 06 de junho de 1818, tendo completado 200 anos este ano. Foi perdida a maior parte do seu variado, raro, rico e valioso acervo de objetos relacionados à cultura e à história universal e brasileira. O prejuízo patrimonial, histórico, cultural, museológico, educacional, artístico e social é incalculável e, sem dúvida alguma, representa uma das maiores perdas para a cultura nacional desde o Descobrimento do Brasil.
Confira a nota na íntegra:
"O Brasil chora a morte de seu museu. Em nome dos que fazem a Academia Maruinense de Letras e Artes, (AMLA), estamos solidários junto à todos que atônicos assistiram ao desmoronamento da Memória Histórica do Brasil e, em especial ao Povo de Sergipe.
No final da década de 1970, o então diretor e pesquisador do Museu Nacional, o cientista Dr. Paulo Emídio Vanzoline, veio coordenar uma pesquisa ecológica, da qual eu era bolsista do MEC como aluna do curso de Biologia da Universidade Federal de Sergipe, (UFS). Naquele momento, o eminente cientista falou que era preciso se ter muito cuidado com a região Cotinguiba, em especial as cidades de Maruim e Santo Amaro das Brotas com a implantação das indústrias de base. Isso ele justificava porque essas duas cidades foram no passado refúgio ecológico de lagartos, animais imprescindível para o equilíbrio ambiental. Certo das suas observações, ele afirmava que existiam exemplares de Tropiduros Higones (lagartos) e fósseis diversos no Museu Nacional que foram coletados pelo naturalista alemão Robert Avé La Lemat, quando visitou Maruim e a região em 1859.
Vale mencionar que, em algumas de suas cartas para a família na Alemanha, Adolphine Scharamm, relata o incômodo com a presença desses répteis andando sobre a cama em sua casa, que ficava próximo à Igreja Nossa Senhora da Boa Hora.
Portanto, mais uma vez, em nome dos confrades e conterrâneos, estamos muito tristes e sentidos com esse fatídico incêndio que apagou literalmente preciosas páginas da História do Brasil e de Sergipe", finaliza a nota.
No final da década de 1970, o então diretor e pesquisador do Museu Nacional, o cientista Dr. Paulo Emídio Vanzoline, veio coordenar uma pesquisa ecológica, da qual eu era bolsista do MEC como aluna do curso de Biologia da Universidade Federal de Sergipe, (UFS). Naquele momento, o eminente cientista falou que era preciso se ter muito cuidado com a região Cotinguiba, em especial as cidades de Maruim e Santo Amaro das Brotas com a implantação das indústrias de base. Isso ele justificava porque essas duas cidades foram no passado refúgio ecológico de lagartos, animais imprescindível para o equilíbrio ambiental. Certo das suas observações, ele afirmava que existiam exemplares de Tropiduros Higones (lagartos) e fósseis diversos no Museu Nacional que foram coletados pelo naturalista alemão Robert Avé La Lemat, quando visitou Maruim e a região em 1859.
Vale mencionar que, em algumas de suas cartas para a família na Alemanha, Adolphine Scharamm, relata o incômodo com a presença desses répteis andando sobre a cama em sua casa, que ficava próximo à Igreja Nossa Senhora da Boa Hora.
Portanto, mais uma vez, em nome dos confrades e conterrâneos, estamos muito tristes e sentidos com esse fatídico incêndio que apagou literalmente preciosas páginas da História do Brasil e de Sergipe", finaliza a nota.
03 de Setembro de 2018,
Maria Lúcia Marques Cruz e Silva, presidente da Academia Maruinense de Letras e Artes, (AMLA).
Da Redação | Blog Maruim em Pauta
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