28 de março de 2018

Petrobras quer desligar fábricas de fertilizantes na Bahia e Sergipe até 31 de outubro

A Petrobras informou que o desligamento das fábricas de fertilizantes em Sergipe (Fafen-SE) e Bahia (Fafen-BA) deverá ser concluído até 31 de outubro, de acordo com comunicado ao mercado nesta quarta-feira.


Anteriormente, a hibernação estava prevista para ocorrer até o fim do primeiro semestre, mas a conclusão da operação foi adiada após pressão dos Estados, que temem impactos nas economias locais.

A decisão pela hibernação das unidades, que consiste na parada de produção com a adoção de medidas de conservação dos equipamentos, foi anunciada em 20 de março, como parte da estratégia da petroleira estatal de deixar o setor de fertilizantes.

"Está em avaliação a criação de comissões a serem formadas por representantes dos governos de Sergipe e da Bahia, das federações das indústrias dos dois Estados e da Petrobras, para que sejam encontradas alternativas à hibernação, desde que nāo haja prejuízos para a Petrobras", afirmou a petroleira no comunicado.

Saída do negócio de fertilizantes

A Petrobras está saindo do negócio de fertilizantes. Antes mesmo de anunciar que vai desligar suas fábricas da Bahia e Sergipe, a estatal já tinha anunciado em setembro do ano passado que colocou à venda as unidades de Três Lagoas (MS) e de Araucária (PR).

A venda dessas empresas faz parte do plano da estatal de venda de ativos, que prevê levantar US$ 21 bilhões entre 2017 e 2018. A companhia está vendendo suas empresas para conseguir levantar capital para reduzir o seu endividamento e também para focar na área de exploração de petróleo, seu negócio principal.

As unidades de fertilizantes da Bahia e Sergipe fecharam 2017 com prejuízo de R$ 200 milhões e R$ 600 milhões, respectivamente, de acordo com a Petrobras. E a expectativa é que continuem no vermelho no longo prazo.

A companhia chegou a lançar no seu balanço financeiro do quarto trimestre uma perda financeira de R$ 1,3 bilhão com a reavaliação da Fafen de Sergipe e Bahia.

*Do G1, com informações da Reuter

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