7 de agosto de 2018

E aí? Vocês Tem? | Por Hefraim Andrade

Foto | Divulgação 

Bom dia, leitores. Tudo bem? Sem mais delongas, desejo saber: Já olharam seus Registros Civis ou de Nascimento hoje? Não? Antes de continuar o assunto, faço questão de manifestar o meu pesar pelo falecimento de Gerusa Pereira dos Santos, ocorrido no dia 26 do mês passado. A professora fora responsável pela educação e formação de muitos, dentro e fora cidade, a qual foi e é patrimônio de Maruim, cujo falecimento afetou o município. Também, aproveitando a oportunidade, saúdo e faço menção ao nome de Williams Feitosa, um leitor seleto que é sobrinho duma amiga e que é incentivador e apoiador deste veículo informativo; faço questão de citá-lo.

Dando sequência ao questionamento inicial, se viram ou não nos vossos Registros Civis – No consto onde estão presentes a hora, o dia e o local de nascimento, além dos nomes dos pais e avós paternos e maternos, o qual pode dar ou não a um cidadão o gentílico maruinense – Inclusive, deixo como pedido aos que leem, que lutem para que a maternidade que possuímos possa reabrir suas portas, para que tornem a existir literais filhos da cidade, uma vez que está cada vez mais raro, na atualidade. Muitos registros foram redigidos com o local Aracaju, em câmbio. - Pode não parecer para os insensíveis, mas isso é um problema social e uma questão de patriotismo. Quem sabe se fôssemos mais patriotas, toleraríamos menos ou não toleraríamos a presente situação da cidade… Enfim. 

Foto | Acervo Hefraim Andrade 

TEM – Flexão do verbo Ter, que por sua vez, vem do Latim Tenere, segurar; ter posse. - Foi através desta palavra, que tive uma Iluminação Repentina para elaborar a temática. E de igual modo, foi no Edifício Cruz ou o Fórum Alberto Deodato, bem ao fundo do Colégio Estadual Dr. Alcides Pereira que esse <<TEM>> materializou-se da melhor maneira – Ali eram redigidos Registros Civis, Certidões de Casamento e de óbito; onde trabalhou dona Nair, uma gentil senhora, que ainda foi mais do que isso, foi um exemplo a ser seguido, que mesmo após seu lamentado falecimento, é, nos lábios dos que a conheceram, sinônimo de bondade e símbolo de virtude e Fórum Alberto Deodato, foi o seu reduto! Mas, aproveitarei o momento para fazer outra pergunta: Seu nome, na sua totalidade, - Nair Lemos Cruz, vos lembra algo? 

Foto | Acervo Hefraim Andrade 
Continuemos. Quanto ao seu ofício, - Oficial de Registro Civil ou tabeliã, como ficou sagrada, ela o exerceu durante muito tempo, atravessando mais ou menos quatro décadas. Consegui registros de 1964 (Registro de Nascimento); 1982 (Registro de Casamento); e de 1992 (de Nascimento) – Todos com o seu carimbo – Cartório do 3° Ofício – Nair Lemos Cruz – Oficial de Registro Civil – Maruim – Sergipe. Nem dou-me o trabalho de fazer o senso, dado que é impossível numerar a quantidade de atestados que ostentaram essa marca – isso chega a um ponto tal que auso até dizer que oficialmente, o termo maruinense, além do status de vivo ou morto, também provinha da ação de suas mãos, e o dar-me conta disso, elaborei a especulação proposta.  

E AÍ, VOCÊS TEM?!!! - Vocês tem a marca do carimbo dela nos seus registros? - Muitos aqui sim, e muitos talvez o digam com orgulho. Quem que a conheceu e que, com sensatez, não deseja um pouco de dona Nair Lemos Cruz, em sua vida? - Sinceramente não sei quantos compartilham do mesmo sentimento, mas é muito interessante pensar em quantas histórias boas moraram e que moram por trás de cada registro. - Se vocês tivessem ideia do que ouvi das pessoas por mim entrevistadas sobre o dia em que suas certidões ou de seus filhos foram por ela lavradas… Incríveis e às vezes cômicas narrativas… Como esse carimbo tem histórias! 

Foto | Acervo Hefraim Andrade 
Atualmente, o velho Fórum <<Está entregue ao Universo. Fim de Verso>> - Tal como ousei dizer sobre o Gabinete de Leitura, no meu Livro Gabinete de Leitura Poesias Não Convencionais  (2017). Encontra-se ele e atua noutra localidade – vizinho à Granja Estrela – Muito modernizado. Os registros expedidos já levam outros carimbos – Talvez até sem a conhecida e velha forma de livro – Quem lembra? Novos Oficiais de Registro Civil assinam seus nomes e as novas datas; registram oficialmente os recém-chegados a este mundo e os que o deixam… E assim, legentes, a vida segue. Porém, sempre com um olhar no presente pensando no porvir e com outro no passado.

Então pessoal, Espero que o que narrei tenha chamado a atenção de vocês para esse detalhe – o carimbo, o qual sabe-se lá se é entendido ou não pela contemporaneidade; Lamentavelmente, é bem possível que não. Todavia, aspiro internamente, que tenha evocado boas lembranças; provocado saudades, pois recordar e viver, não é mesmo? Saibam também, que nas entrelinhas deste texto, quis reviver a memória duma amiga, a qual presava muito. Mas, acima de tudo quis mesmo saber o seguinte: E aí? Vocês TEM?! (rsrsrsrsrsrrsrsrs). Caso tenham, aguardarei às respostas nos comentários do Blog. É sério! Apreciaria muito sabê-lo por vocês.

- Até a semana que vem.

Fontes pesquisadas: 

https://gauchazh.clicrbs.com.br/grupo-de-investigacao/noticia/2017/09/entenda-como-funcionam-os-cartorios-extrajudiciais-9886682.html

http://origemdapalavra.com.br/palavras/ter/ 



| Hefraim Andrade nasceu em Aracaju em 1991, membro duma família oriunda da cidade de Riachuelo - SE e de origem judaico-sefardí, que mudara-se para Maruim nos anos 70. É ativista em defesa de Israel e dos Direitos Humanos Universais. Ocupa a cadeira de número dois da Academia Maruinense de Letras e Artes - AMLA. Também Faz parte do Cumbuka Coletivo Cultural, - Grupo apartidário que vem promovendo eventos socioculturas  e de incentivo à sustentabilidade no município.  Quanto a sua vida na escrita, ela começa na sua infância e passa por sua adolescência e juventude, quando fez parte de eventos de caráter poético e estende-se até os dias atuas indo da sátira ao que se pode entender, por ele mesmo por "formal". | 

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