Somos chamados ao amor desde a nossa concepção, isso deveria
acontecer de fato na vida de todo ser humano, pois carregamos dentro de nós
mesmos a responsabilidade de sermos diferentes dos outros animais, uma vez que,
sendo criado a imagem e semelhança de um Deus Supremo e Absoluto isso seria o
suficiente para nos tornarmos superiores
a todos os outros. Se temos a capacidade de amar é porque mesmo que não
queiramos o puro amor reside dentro de nós, embora não saibamos, nem o
reconhecemos em nós mesmos. Chamados à conversão diariamente, somos convidados
a esse amor sem limites que a nós foi dado, gratuitamente. Esse amor nos torna santos à medida que
abrimos os nossos corações às ações concretas que de fato possam testemunhar a
presença de Deus em nossas vidas e nos tornar perfeitos. Por que nisso consiste
a nossa vida na terra, como nos ensinou e nos ensina Jesus Cristo nosso Mestre
e Senhor: “Sedes perfeitos, como vosso Pai do Céu é Perfeito.” (Mt 5,48)
Ao observarmos a vida dos santos, encontramos neles uma
característica comum, a total entrega e doação, sem medo, acreditando no
infinito amor de Deus pela humanidade criada, e estes movidos pelo Espirito
Santo de Deus renunciam a sua vida para doá-la aos pobres e necessitados, como
a exemplo de Santo Antônio, santo popular reverenciado por todo o mundo, que
deixando sua família e riqueza, doou-se por amor a Palavra de Deus.
Um homem de muita oração e contemplação, amante da Palavra,
grande pregador do evangelho de Jesus Cristo, falava com sabedoria e unção que
arrastava grandes multidões, renunciou aos bens materiais para viver na
pobreza, que fez da sua vida um grande sinal de amor.
A vida dos santos para Igreja Católica são exemplos de
obediência e modelo de virtude e dedicação a Deus, eles amaram mais, por isso
receberam mais, eles se doaram mais, por isso Deus os encorajaram mais, eles
rezaram mais, se mortificaram mais, por isso estão ao lado do Pai,
assegurando-nos de que o amor de Deus é realmente sem limite.
Foram homens como nós, apenas morreram para si, para viverem
para Deus, esqueceram-se de si para Deus fosse exaltado, foram fortes na fé,
para nos provar de tudo vem de Deus e para Ele deve voltar. Somos todos os dias
chamados à santidade, na nossa casa, na nossa igreja, no nosso trabalho, na
nossa rua, em qualquer que estejamos. Podemos ser diferentes e a santidade
consiste nisso: em sermos diferentes no agir, no sentir e no ouvir.
A vida nos oferece apenas uma chance, devemos nos apegar a
ela, sem medo, sem receio, se estivermos de fato presos a raiz do arado (Jesus
Cristo) Nele estaremos seguros, com Ele caminharemos sob as águas e com Ele
também ressuscitaremos. Os pequenos detalhes que nos aborrecem e nos afastam
Dele, são apenas detalhes, que depois de encarados e esquecidos tornam-se como
poeira levadas ao vento.
O essencial como narra o pequeno príncipe Saint-Exupéry “O
essencial é invisível aos olhos” então porque nos preocuparmos com que os
outros pensem de nós, falem de nós... pois nem ele nem eu podemos vê o
essencial. Isso nos confirma o Pequeno
Príncipe, não podemos ver o essencial, apenas senti-lo, tornando-nos cada vez
mais iguais num universo tão diferente.
O agir diferente, não exclui em nós os mesmos sentimos de
amor, perdão, companheirismo, mansidão.... mas nos torna capazes de darmos
possibilidades distintas à ações idênticas.
O sentir diferente, nos torna capazes de dar resultados
diferentes às ações comuns.
O ouvir diferente, nos torna capazes de estar no lugar do
outro, sentir e agir observando o outro e o reconhecendo em você nas suas
diversas atitudes.
Devemos reservar sempre dentro nós um lugar especial para nós
mesmos.
Um abraço, até a próxima!
| Joelma Martins é Licenciada em Letras Português (UNIT) e Bacharel em Biblioteconomia e Documentação (UFS). Pós-Graduada em Didática do Ensino Superior e Gestão Educacional. Escritora, Cordelista, Bibliotecária do Gabinete de Leitura de Maruim e imortal na Acadêmica Maruinense de Letras e Artes, ocupa a cadeira Nº 8, cujo a patrona é Josilda de Mello Dantas. |
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