Boa terça-feira e um dia de muita tolerância para nós! Até porque estamos rodeados, quase que o tempo todo, por situações e pessoas muito complicadas (inclusive, as pessoas complicadas podem ser nós mesmos caso não tenhamos o devido cuidado) e para lidar com isso, precisamos (necessitamos!) estar em paz de espírito – Agora mesmo, enquanto escrevo, estou ouvindo mantras tibetanos – Cada um arranja seu próprio método para lidar com as turbulências da vida.
Imagino que muitos de vocês devam estar indo para o labor (trabalho) ou que já estejam nele, e que por isso, não tenham visto esta publicação na íntegra. Contudo, peço que assim que tiverem um tempinho, a leiam. É sério! Ainda há diversas coisas curiosas na cidade de Maruim, como as ruínas da Praça central – Estaria rindo desta piada se isso não me causasse forte indignação. Mas, dando continuidade. Sim! Há ainda muitas coisas curiosas em Maruim! E é exatamente sobre uma dessas coisas que tratarei hoje – Algo que me dei conta há muito tempo e que com esta oportunidade, a de escrever para o Blog Maruim em Pauta, posso compartilhar convosco.
Na travessa da Rua da Cancela (para mim ela não é General Siqueira), no popular beco do sr. Zé Neto, no início dela, do lado esquerdo, há a casa que pertence a dona Elze, e na extensão dela, existe um anexo cujas portas e janelas são verdes. -Já haviam notado? Eu já! E notei também que na verga superior da porta tem uma espécie de estrela de quatro pontas entre dois pequeninos círculos – Nem preciso dizer que não demorei muito para tirar uma fotografia e que a figura esculpida na madeira deixou-me perturbado. - <<Quem fez aquilo?! O que significa?!>>.
Foto | Acervo Hefraim Andrade |
Quanto a quem o fez, bem presumível que tenha sido o falecido esposo da atual dona da propriedade, que era marceneiro. No local, funcionava a sua marcenaria/cerraria e segundo o seu antigo ajudante, ainda vivo, com quem conversei, ele fabricava caixões mortuários no local. Quanto ao significado do misterioso símbolo, é complicado sabê-lo precisamente. Sem embargo, não podemos deixar de notar que é muito semelhante à rosa dos ventos, símbolo que aparece em quase todos os mapas dos livros de geografia - A rosa dos ventos surgiu da ideia do estudioso da navegação, Aristóteles Timóstenes, no tempo do rei egípcio, Pitolomeu II, de representar às diferentes direções dos ventos para facilitar a sua localização. Também o símbolo representa a estrela que anunciou o nascimento de Jesus, a estrela que viram os três reis magos, que é comumente nomeada de <<Estrela de Belém>>.
Foto | Acervo Hefraim Andrade |
Não é possível saber bem o motivo pelo qual pôs esta figura num lugar de destaque, porém é bem provável que tenha sido por ter simpatizado com ela somente ou pelo simbolismo cristão mesmo. Talvez este mistério nunca seja solucionado e de certo modo até aprecio que fique sendo um mistério pois algumas coisas neste mundo são bonitas por serem misteriosas. - Mas isso não quer dizer que deixarei de estar curioso sobre o assunto – Dificilmente passarei por perto da casa amarela sem olhar profundamente para o emblema. - Gente, Maruim é um caso sério! – Tudo que está presente nela é um caso a parte, o qual cabe ser cuidadosamente estudado!
Foto | Acervo Hefraim Andrade |
Finalizando, caso nunca tenham percebido o que descrevi, convido a todos a passar pela localidade e conferir. No entanto, advirto: É contagioso! É bem possível que fiquem iguais a mim. Que não consigam mais passar por perto sem olharem e interiormente especularem – Uma espécie de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) Talvez (rsrsrsrs). Espero também que a dona da residência não fique impaciente com um crescente e frequente número de pessoas olhando para a sua casa, tipo o filme Pássaros, de Sir Alfred Hitchcock (1899 – 1980), e desenvolva mania de perseguição. - Misericórdia! O que pode acontecer de hoje em diante, hem?! (rsrsrsrrs).
- Até a próxima.
Fontes de pesquisa:
https://www.colegioweb.com.br/geografia/como-surgiu-rosa-dos-ventos.html
https://www.dicionariodesimbolos.com.br/estrela/
| Hefraim Andrade nasceu em Aracaju em 1991, membro duma família oriunda da cidade de Riachuelo - SE e de origem judaico-sefardí, que mudara-se para Maruim nos anos 70. É ativista em defesa de Israel e dos Direitos Humanos Universais. Ocupa a cadeira de número dois da Academia Maruinense de Letras e Artes - AMLA. Também Faz parte do Cumbuka Coletivo Cultural, - Grupo apartidário que vem promovendo eventos socioculturas e de incentivo à sustentabilidade no município. Quanto a sua vida na escrita, ela começa na sua infância e passa por sua adolescência e juventude, quando fez parte de eventos de caráter poético e estende-se até os dias atuas indo da sátira ao que se pode entender, por ele mesmo por "formal". |
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