A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) efetivou nesta terça-feira (24) o aumento de 42,8% para o valor do patamar 2 da bandeira tarifária vermelha. O aumento já estava em vigor desde novembro de 2017, mas de forma provisória.
A mudança elevou a taxa extra cobrada nas contas de luz quando essa bandeira é acionada, de R$ 3,50 para R$ 5,00 a cada 100 kW/h consumidos.
Os recursos arrecadados com as bandeiras tarifárias são usados para cobrir o aumento no custo da geração de energia no país, que ocorre quando a falta de chuvas faz cair muito o nível de armazenamento de água dos reservatórios das hidrelétricas. Nesses casos, é necessário acionar mais termelétricas - que geram energia mais cara.
Como ainda é período de chuvas nas regiões dos principais reservatórios de usinas hidrelétricas, a bandeira tarifária ficou verde em abril, o que significa que não há a cobrança nas tarifas de energia.
A mudança aprovada pela Aneel manteve em R$ 3,00 o valor do patamar 1 da bandeira vermelha. Já a taxa da bandeira amarela caiu pela metade, de R$ 2 para R$ 1 a cada 100 kWh consumidos.
Mudança no acionamento
A Aneel também alterou os gatilhos de acionamento das bandeiras. A mudança permitirá que o acionamento da bandeira passe a levar em consideração também o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
Antes, para o acionamento das bandeiras, eram analisados o custo de geração da térmica mais cara acionada e a expectativa de chuvas.
Outra mudança aprovada foi a data de revisão dos valores das bandeiras tarifárias. Anualmente os valores são revistos pela Aneel em dezembro, mas a partir do próximo ano essas revisões serão feitas após o período de chuvas, entre abril e maio. Na avaliação da agência, essa mudança permitirá que se tenha uma ideia melhor de como os reservatórios das hidrelétricas se comportarão durante o ano até o início do próximo período chuvoso.
Do G1, Brasília
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