Resfriados, gripes e crises de sinusite, otite, asma, bronquite e rinite alérgica estão entre os vilões quando o assunto é inverno. De acordo com o médico otorrinolaringologista Nelson D’Ávila, essas crises são mais facilmente desencadeadas em cidadãos que já possuem esses diagnósticos. Porém, em virtude das aglomerações mais comuns nesta época do ano, qualquer cidadão pode estar vulnerável aos vírus que causam alguns desses agravos e por isso devem estar atentos aos cuidados necessários para evitar o contágio de doenças.
Nelson D’Ávila destaca que outro fator típico do inverno e que agrava essas crises é a umidade, comum em período de chuvas, o que favorece o surgimento de ácaros, mofos e fungos, considerados alérgenos respiratórios, substâncias que podem induzir uma reação de hipersensibilidade (reação alérgica). “As pessoas precisam tomar muito cuidado em residências ou ambientes muito úmidos, especialmente, com presença de infiltrações. O ideal é aderir a ambientes mais ensolarados, visto que o calor inibe a predominância de ácaros e fungos. Em relação às infiltrações, caso não haja condições de cuidar de toda a infraestrutura, recomenda-se passar, semanalmente, no local onde há fungo, um pano com solução de água e vinagre na mesma medida, a fim de destruir as camadas mais superficiais desses organismos”, orientou o médico.
O otorrinolaringologista ainda recomenda o acúmulo mínimo de tapetes e roupas nos ambientes, sendo as vestimentas de inverno lavadas antes do uso e os tapetes expostos ao sol. Além disso, quem apresenta problemas nas vias respiratórias e quadros de alergia e bronquite asmática precisa ter controle desses diagnósticos, fazendo uso mais criterioso de medicações durante o inverno e realizando consultas para acompanhamento médico. “É importante evitar contato com fumaças, pois a exposição favorece o surgimento de crises respiratórias, embora menos agressivas para quem mantém a alergia sob controle. As nebulizações com soro, por sua vez, são de extrema importância para a saúde das vias respiratórias e quando em uso de spray nasal, o ideal é optar pelos que possuem jato contínuo, ou seja, pressão maior para a lavagem do nariz”, acrescentou o especialista.
D’Ávila ainda adverte os pais sobre os cuidados com bebês. Segundo ele, esses cuidados começam em casa. É recomendável a contínua lavagem do nariz e a nebulização com soro apropriado para crianças. Além de beneficiar idosos, cidadãos com doenças crônicas e grupos especiais, os bebês a partir dos seis meses de idade até os cinco anos podem receber a vacina contra a gripe, que auxiliará nos cuidados especiais a serem mantidos no inverno. Para controle da alergia respiratória, é preferível sempre recorrer ao médico. Nesse caso, a ida a uma unidade de saúde em casos de problemas respiratórios deve ocorrer em situações de febre alta que não sede após uso de antitérmicos. Também deve estar associada a cansaços e fraquezas ou crises que duram entre dois e três dias.
Fonte: Ascom SES