Todos os anos, no dia 27 de janeiro, celebra-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. A data faz referência à liberação, pelas tropas soviéticas, do Campo de Concentração e Extermínio Nazista Alemão de Auschwitz em 1945 e foi definida pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Seria um erro perigoso pensar no Holocausto como simplesmente o resultado da insanidade de um grupo de nazistas criminosos. Pelo contrário, o Holocausto foi o culminar de milênios de ódio e discriminação visando os judeus, o que nós agora chamamos antissemitismo", afirma António Guterres, secretário-geral da ONU.
O tema deste ano é Lembrança do Holocausto e Educação: Nossa Responsabilidade Compartilhada. A ideia é destacar a dimensão universal do Holocausto e incentivar a educação sobre a tragédia para que as futuras gerações rejeitem firmemente todas as formas de racismo, violência e antissemitismo.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, o Holocausto foi um ponto de virada na história da humanidade, que levou o mundo a dizer "nunca mais". A resolução que instituiu o Dia Mundial em Memória das Vítimas do Holocausto traz a lembrança dos crimes passados com o objetivo de preveni-los no futuro.
Holocausto
O regime nazista e seus colaboradores assassinaram cerca de 6 milhões de judeus, entre homens, mulheres e crianças, durante a Segunda Guerra Mundial, em um programa continental de destruição de todas as comunidades judaicas que fossem encontradas.
Guiada por uma ideologia fundamentalmente racista, a Alemanha nazista também perseguiu e matou milhões de outras pessoas por serem consideradas de “raça inferior”, e outras por razões políticas, ideológicas ou comportamentais.
“Nós, os últimos sobreviventes do Holocausto, estamos desaparecendo um a um. Em breve, a história falará sobre isto com a voz impessoal dos acadêmicos e dos romancistas e, pior, com a voz malevolente dos falsificadores e negadores. Esse processo já começou. O dia internacional das Nações Unidas de comemoração das vítimas do holocausto é um elo vital para a transmissão desse legado incrível para os nossos semelhantes – judeus e não judeus", diz Samuel Pisar, sobrevivente do holocausto, advogado internacional e embaixador honorário da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Exposição no Brasil
Na próxima segunda-feira (29), será inaugurada uma exposição com pôsteres em memória das vítimas do Holocausto, no Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (Unic Rio), no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro.
A inciativa é fruto de um concurso internacional de artes visuais, vencido pela designer brasileira Júlia Cristofi. A mostra Mantenha a Memória Viva – Nossa Responsabilidade Compartilhada é resultado de um concurso internacional promovido pelo Programa das Nações Unidas para Divulgação do Holocausto e a Escola Internacional para Estudos do Holocausto de Yad Vashem, com patrocínio da Fundação Asper e endossada pela Aliança Internacional pela Memória do Holocausto.
Um júri internacional selecionou os 12 melhores trabalhos a partir de 150 inscrições de designers e estudantes de design da Áustria, Bósnia e Herzegovina, Brasil, China, Hungria, Índia, Indonésia, Israel, Peru, Polônia, Rússia, Sérvia e Eslovênia. A mostra acontece simultaneamente na sede da ONU em Nova Iorque e em diversos países. O pôster criado pela designer brasileira apresenta imagens de sobreviventes do genocídio com o símbolo do Chai, que significa vida, em hebraico.
A mostra ficará aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, com entrada franca, até o dia 28 de fevereiro. O Palácio do Itamaraty fica na Avenida Marechal Floriano, 196, no Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Brasil
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