|Por Everton de Vasconcelos, PSTU Maruim|
Ignorando obras de importância fundamental a população, como a construção de casas para moradores em áreas de risco, uma creche e uma Academia da Saúde, tais obras já com prazos há muito vencidos e com investimento liberado, além de termos no Colégio Estadual Felipe Tiago Gomes uma situação impactante (onde a instituição se apresenta em condições de fechar suas portas, sem funcionários e bens básicos como água, giz e apagadores), os governos do estado de Sergipe e da prefeitura municipal de Maruim, priorizaram a construção de uma nova via de acesso ao centro administrativo do município, uma obra orçada em R$ 997 mil. No dia 16 de maio, o governador do Estado de Sergipe Jackson Barreto (PMDB) foi até a cidade para efetuar sua inauguração, junto ao prefeito Jeferson Santana (PMDB).
Motivados por tais realidades encontradas no município, os alunos do colégio e os moradores da chamada “Rua do Osso”, cansados de esperar o cumprimento das promessas, encontraram neste espaço público o meio pelo qual se poderia fazer uma exigência mais clara e pressionar os governantes para que de fato se efetuem os deveres. Os estudantes se organizaram e foram ao encontro do governador, realizando um apitaço que fazia ser impossível ouvir os discursos, ao mesmo tempo em que os moradores fechavam a entrada da cidade com barricadas.
Ao fim do evento, o governador se viu forçado a receber os representantes de ambas as manifestações, reconstruindo suas promessas de que até o dia 30 do mês de junho as casas serão construídas. Suas afirmações parecem não ter surtido efeito nos moradores que se retiraram do espaço aos gritos de “Queremos Casas!”. Aos estudantes foi prometido simplesmente que o caso seria analisado pela secretaria de educação. Tal atitude gerou mais revolta. Enquanto os membros do grêmio (UBES/UNE/JPT) se limitavam a pedir “por favor” e dizer que o governo fizesse “o que estivesse ao seu alcance”, os estudantes que se organizam na ANEL, em conjunto com militantes independentes, exigiam que o governador fizesse uma reunião nas dependências do colégio. Pressionado, o governador cedeu e compareceu ao colégio com todo aparato de assessores, imprensa pessoal e deputados estaduais e federais. Entretanto, isso não intimidou os manifestantes que colocaram suas exigências na mesa e conseguiram uma reunião com a Secretaria de Educação.
Nesta reunião foi demonstrada a intransigência do governo do PMDB/PT com a pauta dos estudantes, que apresentaram uma exigência com prazo de 15 dias para avaliação do espaço e determinação das obras estruturais, além da contratação de novos funcionários e receberam como contraproposta unilateral da secretária Hortência Araújo, que o máximo que o órgão poderia efetuar é dentro do prazo de 90 a 120 dias para o inicio das obras, que não iria fazer nenhuma proposta de quando se terá funcionários para exercer as funções administrativas, estando à secretaria no aguardo do lançamento de edital de processo seletivo simplificado para os cargos.
Ficou evidente qual a prioridade dos governos. Enquanto vamos as ruas exigir educação pública, gratuita e de qualidade, moradia e melhores condições de vida, o governador com o apoio do prefeito, destina R$ 15 milhões de reais para a reforma do Estádio Lourival Batista (Batistão). Essa politica não serve para juventude e para classe trabalhadora. É necessário continuar nas ruas e se organizar de maneira independente dos governos, fortalecendo as lutas.
NEM UM NEM OUTRO: POR UMA MARUIM PARA OS TRABALHADORES.
Já é comum vermos todos os dias as picuinhas alimentadas por dois grupos políticos hegemônicos em nossa cidade, que se revezam na gestão municipal e nada fazem para melhorar a vida dos moradores. Vimos ainda na administração anterior (PSB), uma das mais conturbadas que tivemos em nossa cidade: salários atrasados, obras não finalizadas e outras arbitrariedades. A população de maneira sincera e honesta resolveu apostar mais uma vez no outro grupo que já administrou a cidade direta ou indiretamente, desde os idos da ditadura militar, e em quase dois anos de gestão temos a sequencia de escândalos das administrações anteriores. Mais uma prova de que tais grupos não são em nada diferentes.
Nós, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), repudiamos tais práticas e acreditamos que se faz ainda mais urgente o fortalecimento de uma via de discussão com os trabalhadores e seus filhos na cidade de Maruim. Uma alternativa de construção de esquerda e socialista, um caminho independente política e financeiramente para debater a cidade e atuar pelas suas mudanças.
Venha conhecer o PSTU, entre em contato com a gente e seja mais um lutador ou lutadora que acredita ser possível sair do “bate-rebate” político e construir uma cidade para os trabalhadores.
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