Prefeitura constrói canteiros em calçada da Igreja Matriz e provoca polêmica

A reforma da Praça Barão de Maruim, no Centro da cidade, que se arrasta há três anos, voltou a ser alvo de questionamentos entre frequentadores e, agora, entre os fiéis da Igreja Matriz do Senhor dos Passos. Na última sexta-feira, (20), eles foram surpreendidos com a construção de dois canteiros na calçada do Templo Sagrado, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, (Iphan), em 2014.

Toda a obra da praça custa em torno de R$ 500 mil aos cofres da Prefeitura de Maruim e segue sem prazo de entrega. 

Foto: Cedida por Hefraim Andrade

A aposentada Maria Clareunice, frequenta a Igreja Matriz diariamente e afirma que o sentimento é de revolta entre a comunidade católica. 

"Primeiro, eles destruíram o meio fio de pedra original entorno da igreja e fizeram outro que já apresenta defeito. Agora, constroem estes canteiros e plantam árvores que, futuramente vão comprometer a calçada da igreja. Quem entende de plantas, sabe que as árvores que estão lá, possuem raízes imensas", disse a aposentada. 

O escritor, poeta e artista maruinense, Hefraim Andrade, criticou a construção dos canteiros. Em uma publicação no Facebook, ele questionou se o administrador paroquial, sabia da obra da administração municipal na calçada da igreja, além de relembrar o episódio das mudas plantadas no Parque Otto Schrmm, em um evento do Cumbuka Coletivo Cultural, que foram misteriosamente arrancadas. 

"Alguém saberia dizer-me se o padre (que está em viagem fora do país) está sabendo ou concorda com isso? Ou melhor, o governo municipal tem autoridade para isso? - Ops! Que pergunta a minha... Deixe-me reformulá-la: O poder público ao usar do poder que tem, ao fazer mais dois círculos, porque os de baixo foram poucos, tinha de fato tal poder?! Ficará o questionamento... Ou melhor, não ficará não, viu?! Aguardem os próximos capítulos!", alertou.

"Puseram umas plantas na lateral (da igreja). Eu até que apreciei-as (sério). Só espero que não arranquem-nas como fizeram com as que o Cumbuka Coletivo Cultural plantou lá no Parque Público Otto Schramm", relembrou.

Foto: Cedida por Hefraim Andrade

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*Por Lohan Muller, jornalista DRT 2391/SE